Depois que Makoto Raiku saiu da Shogakukan processando a empresa, eis que mais gente colocou a boca no trombone. A mangaká Shinju Mayu (autora de Sex=Love²) declarou recentemente que a empresa oferece péssimas condições de trabalho aos seus artistas, fora os mal tratos verbais, humilhação e ameaças. Segundo Mayu, a editora pressionava para que ela entregasse trabalhos, fazendo-a durmir apenas 3 horas por dia em certas ocasiões para cumprir os prazos (que chegavam a 120 páginas por mês, 4 vezes mais o que um desenhista da Marvel/DC produz mensalmente - exceto o Rob Liefield que faz tudo em 10 minutos =P).
Mayu também declarou que a editora controla todo o conteúdo dos mangás publicados, impondo idéias e formatando as histórias como bem entende. Sabe o que isso significa? Que os mangakás não são tão burros como pensávamos! Todas as magical girls são iguais porquê as editoras querem! Tá perdoado, Kurumada, a culpa é da Shueisha!
Prédio da Shogakukan
Voltando ao assunto, todo mundo sabe que as editoras mandam e desmandam nos títulos que publicam. Os exemplos mais conhecidos são Dragon Ball (onde o criador Akira Toryama queria por um fim na história mas a editora não deixava - até o proibia de andar de avião temendo um acidente @_@) e Yu Yu Hakusho (Yoshihiro Togashi queria acabar no final do Torneio das Trevas, mas a editora não deixou, e no final, o cara estava de saco cheio, tanto que desenhava igual a uma criança do jardim de infância). Interferir no andamento de uma história é uma coisa, ameaçar e tentar intimidar é outra bem mais grave. Às vezes pode ser caso de polícia.
FONTE: JBOX
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Não é novidade sobre a exploração das editoras com os mangakás. A história sobre Akira Toriyama e Dragon Ball é clássica, mas eu não sabia sobre Yu Yu Hakusho. Talvez por não ter acompanhado o anime e mangá.
O fato que é um grande abuso da Shogakukan. 3 horas de sono! Fora as ameaças e humilhações verbais. Coisa parecida li recentemente, mas não recordo de onde ^^.
Mas não estou generalizando. Ken Akamatsu descreve em Love Hina Infinity que a sua equipe demorava mais que o tempo normal para desenhar um capítulo no final da série. O normal é de 5, 6 dias, eles chegavam e oito dias. Tá certo que parte era porque "as idéias eram recusadas e erámos obrigados a refazer coisas que estavam em andamento" (pág 141 de LH Infinity). Será culpa dos editores também?
A pergunta é: se já é de domínio público o descontentamento dos mangakás em relação ao tratamento das editoras com seus trabalhos.... por que ele não buscam seus direitos trabalhistas (não sei como é no Japão), ou simplismente saiem? Como fizeram Toriyama e Togashi?
Os tempos são outros....
Lembrando que a Shogakukan publica Inuyasha, que terá o seu fim.... finalmente (trocadilho horríver XD).
Agora um comentário do texto:
"Sabe o que isso significa? Que os mangakás não são tão burros como pensávamos! Todas as magical girls são iguais porquê as editoras querem! Tá perdoado, Kurumada, a culpa é da Shueisha!"
Comentário infeliz! Como pode chegar a uma conlusão tão preciptada, para não dizer burra (aqui o trocadilho funfa). Não se pode generalizar do que acontece com essa ou aquela editora, pois desconhecemos como funcionam realmente as coisas.
O trabalho de mangaká é reconhecido como um dos mais estressantes sim, mas me diz porque tantos jovens, japoneses e estrangeiros, desejam seguir a profissão. Fama? Dinheiro? Talvez.
Será que Masashi Kishimoto e Tite Kubo são realmente burros?
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